Domingo é dia de pegar a estrada, isso deveria ser sagrado. Mas por razões diversas não tenho viajado todos os domingos. Mas nesse último eu não podia ficar em casa. A estrada ficava gritando meu nome...
Acordei cedo e finalmente consegui levar minha mãe pra um lugar onde eu pudesse ensiná-la a pilotar moto. E vocês precisavam ver a cara de felicidade dela. Parecia criança, inclusive saiu contando pra todo mundo. Fiquei feliz com isso. Espero que daqui uns dias ela me acompanhe nas viagens.
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Minha mãe na Angela pela primeira vez. |
Depois que deixei minha mãe em casa eu troquei de roupa e peguei a estrada, sem saber exatamente pra onde ia. Quando me dei conta estava chegando em Araxá. O dia estava nublado, prometia chuva, mas eu não acreditava e fui assim mesmo. A estrada está em ótimas condições, salvo raros trechos com alguns buracos. E lá fomos nós, curtindo a paisagem, a estrada tem muitas curvas, realmente muito gostosa de se andar.
Araxá está a quase 200 km de Uberlândia. É uma cidade bem mais antiga e que tem muita história pra contar. Dona Beja viveu em Araxá e, direta ou indiretamente, ela tem boa parte do mérito pelo Triângulo ser mineiro e não goiano. Lá tem uma das principais fontes de nióbio do mundo, um metal raro e caríssimo, que infelizmente é exportado em forma buta.
E lá tem também o Complexo do Barreiro, que agora se chama "Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá". Foi o único lugar que eu fui na cidade. Ele começou a ser construído em 1938 e foi inauguado em 1944. A construção é magnífica, um edificio imenso e imponente cercado por bosque, jardins, fontes e lago. Vejam algumas fotos:
Depois de admiar o edifício em si eu dei uma volta pelo bosque, infelizmente não fui na fonte Dona Beja. Reza a lenda que Anna Jacintha de São José, a Dona Beja, se banhava nela todos os dias pra manter a juventude e beleza. Dizem também que era uma loira de olhos azuis que encantava todos os homens...
Bom, seguem fotos do jardim e do bosque:
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Jardim em frente o hotel. |
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Aqui dá pra se ter uma noção do tamanho do hotel |
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Uma flor do jadim, em close. |
A melhor definição para esse lugar: ele tem cheiro. Ele tem cheiro de flores, de plantas, de terra úmida. Definitivamente é um lugar que vale muito a pena conhecer. Saindo de lá ainda tirei algumas fotos:
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Não ficou boa como eu esperava, o farol estava sujo e ainda apareceu um pedaço do celular, mas a intenção foi boa |
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Hotel visto de longe |
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Hotel Colombo. |
E eis que quando eu estava voltando pra casa o céu cumpre sua promessa e a chuva cai, torrencialmente. Eu encarei a chuva, já que nem eu nem a Angela levamos jeito pra "coxinha". Até que ficou impossível de continuar, estava chovendo e ventando muito. Comecei a ter dificuldades pra controlar e parei no acostamento, liguei o pisca alerta e tentei me esconder embaixo de uma árvore, que era pouco maior que um pé de couve.
Enfim, foi um dia sensacional, lavei a alma, me diverti, conheci um lugar lindo e ensinei uma das mulheres da minha vida a pilotar outra mulher da minha vida.
Aonde a estrada nos levará semana que vem?